O texto observa o fenômeno da mudança discursiva empregada para uma pessoa velha, a terminologia vocabular difundida no universo discursivo da publicidade cosmeotológica.
Emerge uma conotação diferente para um idoso, Palacios¹ enfatiza que palavra velhice nos remete a algo sombrio, decrepto e estático e a nomenclatura terceira idade nos traz a idéia de uma fase de vida posterior a primeira e segunda idade como um período onde o sujeito está maduro e que com cuidados preventivos vive-se de forma mais ativa possível.
A compreensão discursiva deste fenômeno ancora-se em mudanças demográficas ocorridas no mundo, nos últimos cinquenta anos, atualmente no Brasil, cujo o crescimento populacional cai e a população tende a ficar estável. A generalização do declínio da fecundadidade e o avanço dos métodos contraceptivos, conjugados com as transformações sociais, levam-nos a crer na continuidade deste pocesso pelos próximos anos,então houve uma modificação na estrutura etária da população: menos jovens e mais velhos.
O estímulo do consumo, tendo olho nas aposentadorias abre um leque de opções para o auto desenvolvimento deste público que pasa ter influência cultural e política na sociedade contemporânea.
Atualmente a palavra terceira idade, foi convencionada socialmente como termo politicamente correto. Acompanha a idéia de ação , movimento e beleza que o público desta faixa etária passou a ter para o mercado ávido por consumidores.
¹PALÁCIOS, Anna Maria da Rocha Jatobá .Velhice, palavara quase proibida;Terceira Idade, expressão quase hegemônica . In : COUTO, Edvaldo Souza Couto & GOELLNER,Silvana Vilodre .(orgs) Corpos Mutantes : Ensaios sobre novas (d) eficiências corporais -2. Ed. - Porto Alegre: Editora da UFRGS,2009.
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